Governo dos EUA dá dicas de proteção para o Wi-Fi da sua casa
Dispositivos Wi-Fi são uma das principais portas de entrada de cibercriminosos em redes corporativas e, também, domésticas. Com o home office servindo como uma extensão dos servidores empresariais, é claro que tais sistemas também se tornariam um alvo, a ponto de o governo dos Estados Unidos publicar um guia de melhores práticas para a proteção da internet sem fio da casa das pessoas.
A publicação da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) traz indicações para usuários do nível mais básico ao avançado, com recomendações que envolvem elementos primordiais como manter os roteadores atualizados e o uso de procolos WPA2 ou WPA2/3 para dar maior proteção às conexões. Senhas, como sempre, devem ser complexas e de uso único, sem conterem caracteres sequenciais ou combinações fáceis de adivinhar, como datas, nomes de pets, endereço ou outros termos do tipo.
O governo americano também indica o uso de roteadores dedicados para a conexão Wi-Fi, que trabalhem após o modem fornecido pela empresa de telefonia. De acordo com as autoridades, aparelhos assim são mais fáceis de configurar e monitorar, além de facilitarem a aplicação de correções de segurança e outras customizações relacionadas à proteção. O ideal é usar dispositivos que ainda estejam recebendo suporte de seus fabricantes, garantindo assim que falhas conhecidas sejam corrigidas antes de se tornarem um risco.
Aos usuários com mais familiaridade com a tecnologia, a NSA recomenda a configuração de rotinas periódicas de reinicialização de roteadores — pelo menos uma vez por semana — para melhorar a qualidade da conexão e matar eventuais malwares que não estabeleçam permanência. No PC, perfis sem privilégios de administrador e com controle de acesso restrito devem ser usados para trabalho e tarefas diárias, com o acesso sendo feito somente a sites que tenham protocolos de segurança fortes, indicados pelo símbolo do cadeado na barra de endereços do navegador.
Trabalhar com a segmentação de redes e implementar políticas de firewall também ajuda a manter a segurança da conexão e reduzir os danos em caso de ataque bem-sucedido. Tais elementos também ajudam na manutenção de boas práticas de segurança, com as regras automatizadas realizando parte do trabalho que, sem elas, fica completamente nas mãos do usuário.
Atenção a câmeras, microfones e outros dispositivos
A agência recomenda que os usuários cubram câmeras quando não estiverem sendo usadas e desabilitem microfones de notebooks, computadores e assistentes de voz, principalmente durante conversas de trabalho ou que possam conter informações sensíveis. Usar drives externos para a realização de backups ajuda a garantir recuperação em caso de problemas.
Outra recomendação é quanto ao uso de dispositivos diferentes para tarefas variadas; um computador para o trabalho, outro para tarefas pessoais, dedicar um smartphone apenas a operações financeiras são alguns exemplos. Da mesma forma, a agência pede atenção durante reuniões e envio de documentos, evitando a menção a informações pessoais ou corporativas desnecessárias e garantindo que participantes e remetentes sejam reconhecidos.
Fonte: Canaltech